segunda-feira, 4 de setembro de 2006

Mudar...

Mudar!
Mudanças. Mudamos por amor? Ou o amor é que nos muda?!

Muitas vezes mudamos, porque achamos que a outra pessoa deseja um determinado tipo de pessoa.
Muitas vezes mudamos, por sermos criticados.
Muitas vezes mudamos, porque nos pedem.

Julgo que quando nos apaixonamos, os defeitos da outra pessoa parecem-nos invisiveis. Só conseguimos nos aperceber das coisas boas, das virtudes. Com o passar do tempo, vamos nos apercebendo de pormenores que muitas vezes são incompativeis com a nossa forma de ser, mas que fazem parte da personalidade da pessoa que (supostamente) amamos.
Nesse Momento... o que fazemos? Teremos nos direito de criticar, massacrar, humilhar… a outra pessoa por isso. Teremos nos o direito de usar o amor como arma?

Não acredito em mudanças, acredito em “opressão”.
Deixamos de fazer, dizer e de sentir em função de outra pessoa. Porque a fonte do nosso amor é o sol da nossa vida e giramos à volta dela. E esquecemo-nos de nós.
Acho que “oprimir” principalmente a nossa personalidade, o nosso verdadeiro “eu”, é uma bomba relógio, com um temporizador… que num dado momento da nossa vida explode.

Se amamos, o melhor de nós está sempre no topo. Nasce e cresce livremente. Afinal, não queremos dar o que temos de melhor a quem amamos?!

Julgo que uma forma geral, passasse a vida a tentar mudar os outros. A tentar que se adaptem às suas expectativas. Até que ponto se tem o direito de se fazer isso?
Ninguém muda, porque outro pede ou quer.
Só mudamos a nossa maneira de ser, pensar e agir, se realmente NÓS estivermos disponiveis para tal.
Se nós percebermos que é melhor para nós. As mudanças têm de ser sentidas e voluntárias.

E porque amar não é nos anularmos e passarmos a ser azuis, verdes ou laranja.
Amar é também ter amor próprio e saber admitir quando os caminhos de ambos deixaram de se cruzar.

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